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A DeNorma - parte 1

·592 palavras·3 minutos
Hugo Santos (Ulmi)
Autor
Hugo Santos (Ulmi)
Engenheiro Florestal de profissão, mas mais um geospatial / data engineer
Índice
DeNorma - Este artigo faz parte de uma série.
Parte 1: Este artigo

Normalização é bom?
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Sim e não, depende…

A normalização e harmonização de dados é algo que considero essencial, garante uma rápida leitura da informação…

Embora, às vezes, quando nos deparamos com dados demasiado estruturados, tipo sei lá, INSPIRE 👀, perde-se a noção, ao ponto de parecer complicado, só porque sim

…temos uma melhor perceção e clareza na aplicação ou utilização da informação, mas também uma maior garantia da desta se encontrar correta com a sua replicação/propagação. O que é ótimo, especialmente quando estamos a lidar com informação sobre cadastro de propriedade, ou com informação de planeamento e gestão do território, nos diversos tipos de Instrumentos de Gestão de Território (IGT) que existem em Portugal.

- Então, e quando não é? A normalização de ideologias e de ideias abjetas é um desses casos, e depois quem detém o poder, tende também a definir o que é “normal” e o que não é, e todos nós já tivemos História na escola, ou lemos ou vimos ficção suficiente para saber ao que isso leva.

Mas voltando aos dados, também dizem que a “denormalização” destes pode ser algo bom, em especial quando gestão de espaço de armazenamento não é um problema. Isto porque permite uma melhor e mais rápida leitura dos dados, logo, uma melhor performance, e com isso até apresentar menos overhead, que um servidor de base de dados relacional, em especial quando comparados dados ultra normalizados.

Mas estes memes existem…

ou este.

Mas por vezes, pode fazer sentido a utilização de dados não estruturados, quiçá assunto para um outro post lá para frente.

As Normas
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Como referi num post anterior, e também já dei a entender neste, parte do meu trabalho é em ordenamento do território. E neste caso, para desenvolver os instrumentos de gestão do território (IGT), as normas a implementar seriam:

Ambas publicadas no Diário da República, no Aviso n.º 9282/2021 de 17 de maio, conforme publicitado aqui na página da Direção Geral do Território.

Ou seja, já passou algum tempo o que é ótimo, porque isso permite-nos ver quais os resultados, as dificuldades que se verificaram na implementação delas e porque é que não est… 🙊 ia estragando o suspense.

O Objetivo
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A ideia é então, nesta série de posts, debruçar-me sobre uma destas normas, neste caso, na norma da Reserva Ecológica Nacional (REN), e a sua implementação em tecnologia FOSS4G1, tentando ao mesmo tempo cumprir com outra norma legal, Regulamento Nacional de Interoperabilidade Digital (RNID).

- Então e a norma do PDM? Vamos com calma, primeiro a REN, e caso corra bem, porque não. E também já muita gente dedicou algum tempo a isso.

qgispt/qgis_pt_norma_pdm2qgis

Aplicação da Norma Técnica sobre Modelo de Dados para o Plano Director Municipal no QGIS

Python
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A ordem desta blog series
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Sendo um assunto um pouco chato, que é composto por um conjunto de chatices, vou colocá-lo em partes, e tentar seguir mais ou menos este alinhamento:

  1. Contextualizar estes IGT e o estado atual e o porque das normas;
  2. Vamos ter de olhar, pelo menos uma vez, nem que seja na diagonal ou raspão, e começar a sua atual implementação;
  3. Fazer a simbologia em ambiente QGIS;
  4. Olhar para o spec do OGC Geopackage e tentar criar o modelo de dados;
  5. E no final, embrulhar, o melhor possível, e disponibilizar.

Até à próxima parte.


  1. Free and Open Source Software for Geospatial ↩︎

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